domingo, julho 10, 2005

Fragmentos do meu antigo blog.

Pessoas, ao navegar no meu antigo blog (www.janeladomeuquarto.cjb.net) encontrei uns textos interessantes. São todos meus e espero que gostem. Lá tem muito mais, dêem uma olhadinha!

Beijos

l> elderly woman behind the counter in a small town - pearl jam

No momento: me arrumando pra sair.


É muito maluco falar sobre o que é bonito e o que não é...a sociedade impôs um padrão e a maioria acredita que é o certo...no entanto, vemos pessoas que não seguem essa corrente e optam por amarem aquilo que ACHAM belos...eu me encaixo nesse último quadro...sempre me apaixonei por pessoas...e não pela beleza física delas...sou meio doida...me apaixono pela voz, pelo cheiro, pelo coração, pelo toque, pela essência...nunca delirei com corpos, rostos, etc...sempre delirei com a alma... Sim, eu me casaria com o Zeca Baleiro, com o Oswaldo Montenegro... Não gosto de pessoas normais demais...bonitas demais...isso é conseqüência...Gosto de gente estranha, maluca....Gosto de olho no olho e não de barriga sarada, braço definido, enfim...a beleza está naquilo que traz beleza pra minha vida...

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Podemos e devemos ter nossas vidas em separado. Caminhando por caminhos diferentes, porém com o anseio de chegar ao mesmo ponto. O mundo, a sociedade nos fazem acreditar que o bom, a felicidade pura e que os sonhos são impossíveis. Assim, infelizmente, acabamos nos acomodando. Temos medo de arriscar, de acreditar que as coisas podem dar certo. E aí, desistimos. Preferimos errar por omissão do que pela tentativa de acertar. Quem não concorda com esse modo de ser, como eu (mas confesso que já agi assim), se frustra. Pois não há meios de mudar alguém, somente de lhe mostrar que a realidade pode ser diferente. E a maior arma para que os sonhos se concretizem é a vontade. Mas VONTADE mesmo! Depois, vem a perseverança. É comum ter um certo receio, frio na barriga antes de encarar algo, contudo, não há nada mais gratificante que conseguir e saber que temos capacidade de vencer. Agora, se não der certo, paciência. Acredito que a sensação de olhar para o passado com a certeza de que tudo o que fizemos foi conivente com nossos desejos compensa toda a frustração que sentimos ao não alcançarmos nosso objetivo. Fazer a nossa parte é essencial. Às vezes, as pessoas enxergam que a realidade pode ser diferente. Mas acho que um grande problema de um novo relacionamento é a experiência que cada pessoa traz para o "novo amor". Aí, surge o medo. Não só medo de ficar vulnerável (gostar mais do que é gostado), mas também por tudo o que outras pessoas já as fizeram sofrer. Outra coisa: fazer a nossa parte é essencial, mas até quando?! Por exemplo, conheço uma pessoa que já fez a parte dela várias, várias, várias vezes. Não sei se ela vai estar disposta a fazer tudo novamente pela próxima "vítima". Aí, infelizmente, essa "vítima" pagará por algo que não depende dela: As experiências passadas vividas pela a pessoa. Quando eu disse que fazer a nossa parte é essencial foi no sentido de que assim, pelo menos nossa consciência não pesa, entendeu?! Não tem como entrar em um relacionamento sabendo como a pessoa é e se vai dar certo, cabe a cada um fazer a sua parte. Daí, se o relacionamento acabar, sabemos que "a culpa não foi nossa"...é uma forma de respirarmos mais aliviados perante uma perda...
Concordo plenamente com vc. É muito mais fácil quando vc é descartado, superar com a consciência limpa. O que eu questionei é o seguinte: até quando vamos fazer a nossa parte?!! Pense no seguinte: Você com 28, 30 anos após ter acumulado experiências que te magoaram muito...Talvez, por estar mais amarga, mais fria vc acaba perdendo uma pessoa incrível por não ter feito sua parte. Mas não pq vc não quis, até achou que estava fazendo sua parte, porém não estava. Não do jeito que poderia ou já fez quando tinha 18 anos. Isso que é foda! Você está certo. Eu mesma tenho medo disso acontecer quando menos espera. Afinal, como lhe disse, não sou uma boneca de pano. As experiências pelas quais passamos fazem com que acumulemos lições e criemos conceitos. Porém, farei de tudo para que nada mude meu pensamento em que a "historinha do beija-flor" é possível. Só que se isso acontecer, infelizmente, seria mais uma pessoa triste neste mundo.

** Este texto foi escrito há mais de um mês...na verdade, é um dialógo entre eu e um grande amigo meu daqui de BH...O que está em negrito foi ele que escreveu, em itálico fui eu...

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Dentro dos valores que carrego posso afirmar que, além dos meus pais e da minha essência, os sentimentos são insubstituíveis. Acredito que o que senti e sinto pelas pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida, jamais sentirei novamente por ninguém. Isso porque as pessoas são diferentes e dessa forma, despertam sentimentos distintos e únicos em nós. Não existe dizer: "Gosto mais de você do que gostei de fulano ou de ciclano". Não tem como comparar isso, pois as circunstâncias, os contextos de vida vividos são outros. Cada experiência que vivemos ao lado de uma certa pessoa não tem como ser substituída, muito menos o que ela nos fez sentir...isso não está guardado na memória, mas sim, no coração.

Agora, as pessoas são substituíveis. Isso porque o tempo passa e, apesar de ficar o que sentimos por elas, nos as "esquecemos". O que é constatado depois de não mais sentirmos necessidade de as termos ao nosso lado. Pessoas passam, vão embora, mas deixam marcas...que guardamos...e sabemos que nenhuma outra vai apagá-la, nem ser pior ou melhor que ela, mas sabemos que outras virão..e que seremos ainda muito felizes...

1 Comments:

Blogger Lara Spagnol said...

Essa música do Pearl Jam é ótema.
"Hearts and thoughts they fade... fade away..."

E beleza é realmente, coisa superficial. Mas imposta à sociedade de forma tal que já parece quase impossível conseguir se esquivar completamente de conceitos que se baseem no que é externo.

3:33 AM

 

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